quinta-feira, 12 de novembro de 2009

INCLUSÃO ≠ EXCLUSÃO?

Graciele Marjana

Inserir no mesmo espaço o diferente o inominável...
Negar, desativar, ordenar a diferença...
Canalizar e criar novos significados, novas formas de se manifestar...
Ludibriar aquilo que nos perturba, conduzir para o silêncio...
Unificar a pluralidade, fazer surgir uma única realidade...
Segregar o outro nas diversas formas de camuflar sua diferença.
Aniquilar o inominável trazendo-o para o lócus do governamento...
Omitir a cultura, a língua, a identidade e as formas de se fazer representar...

Fonte: http://educadoragraciele.blogspot.com/

domingo, 8 de novembro de 2009

Para pensar



Apesar de atualmente existirem várias leis que asseguram os direitos de todos os cidadãos igualmente, poucas sociedades estão preparadas para exercer a inclusão social em plenitude.
Sendo assim, muitas vezes as pessoas não se dão conta de como é difícil viver tendo alguma necessidades especial, e o vídeo em questão vai nos mostrar de forma crítica o outro lado da moeda, nos remetendo a uma análise sobre a grande dificuldade que uma pessoa enfrenta ao fazer parte de uma sociedade excludente e preconceituosa.
Cantinho Especial

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sonhar é ...





Na juventude, o apelido na turma era “guerreira”, pela postura forte e decidida. O futuro confirmou a opinião das amigas de Margareth da Motta Mathias. Aos 41 anos, a carioca de Vila Valqueire contrariou todas as previsões dos médicos por amor ao filho Júlio Cesar, de 12 anos. Juntos, eles venceram uma série de limitações impostas pela paralisia cerebral, decorrência de uma infecção hospitalar contraída pelo menino nos primeiros dias de vida.

— Ouvi dos médicos que meu filho não ia andar nem falar. Aí começou minha luta com ele. Eu larguei meu emprego e fui morar com minha sogra. Passei a viver em função dele. Eu era as pernas e os braços do meu filho. Eu segurava as pernas dele para que pudesse jogar bola. Só pedia que Deus me desse força porque eu ia vencer com meu filho. Meu medo era colocá-lo numa cadeira de rodas. Emagreci 20 quilos — lembra Margareth, que inspirada pelas orações do Padre Marcelo Rossi no rádio, manteve-se em pé ao lado de Júlio.

Perto dos 6 anos, a grande emoção. A mãe viu seu filho dar os primeiros passos. Aos 7, o menino passou a falar de modo compreensível. Cada conquista foi inesquecível. A entrada na vida escolar foi outra superação da dupla. Para auxiliar o menino, hoje aluno do 6º ano da Escola Municipal Visconde de Porto Seguro, em Jardim Sulacap, a guerreira Margareth passou em um concurso para merendeira. Há seis anos, ela cuida do filho enquanto trabalha. Pega emprestado todos os dias os cadernos dos colegas de turma do menino para copiar a lição porque Júlio ainda enfrenta problemas com a caligrafia. O sonho de Margareth agora é um notebook para que ele tenha mais facilidade de acompanhar as aulas.

— Eu sempre vou à luta por tudo que preciso conquistar. E sou feliz. Amo meu filho, vivo muito bem com meu marido. Temos dificuldades, ele é motorista e está desempregado. Mas não fico chorando. Nunca me derrubei, nem perdi a alegria. Quero contar minha história para que outras mães de crianças especiais saibam que é possível conseguir, mesmo contra todas as previsões — afirma Margareth, que contou com diversos anjos da guarda para vencer:

— A luz da minha vida foi a pediatra, doutora Vânia Marina, aqui de Vila Valqueire. Abaixo de Deus é ela. Mesmo depois que perdi o plano de saúde, ela cuidou do meu filho de graça. Abriu meus olhos, me deu força e me fez ser a mãe que sou hoje — agradece a guerreira Margareth.